Desafio de escrita - Dia 6: Quando tudo parece dar errado

Desafio de escrita - Dia 6: Quando tudo parece dar errado - 1

Segunda-feira, 22:21 e eu estou encarando a tela do meu aplicativo “Notas” pensando: “sobre que diabos eu vou escrever hoje?”.

Poderia tentar usar algumas das minhas ideias de textos, ou escrever um blog post (sobre viagem), ou ainda divagar sobre as porcarias que aconteceram durante o meu dia.

Mas resolvi escrever apenas sobre a última das porcarias do dia de hoje: uma Live que fiz com a Na, em que ensinamos os primeiros passos básicos para começar no mundo das milhas e como (realmente) encontrar passagens baratas.

Modéstia à parte, uma puta conteúdo. Muito bom, elaborado ao longo de algumas semanas com cuidado para agradar quem não manja nada de viagens, mas também que conhece alguma coisa. Muito melhor que muito conteúdo de Live por aí, onde ficam mostrando o que é “possível fazer”, mas não mostram o como.

Enfim.


Tivemos uma boa quantidade de pessoas inscritas e de participantes, foi tudo bem com a interação das pessoas e seus comentários sobre os destinos que sonham conhecer (amo essa parte: ver para onde as pessoas mais desejam viajar, o que fazer… adora essa parte de realizar sonho de viagem, porque essa mesma sensação MUDOU a minha vida, e contei um pouco dela neste texto aqui).

Não foi nada disso que me chateou. O problema é que começamos a Live após realizar testes na conexão e transmissão, mas ainda assim, tivemos problemas na hora: não consegui compartilhar a tela, perdemos mais de 10 minutos com isso e algumas pessoas que entraram, acabaram saindo.

Puta, que desgosto. Isso é muito triste!

Todos os mais de 60 dias de preparo, produção de conteúdo, textos, vídeos e edições feitas, mensagens em grupos, e-mails, material para a Live, apresentação teste… tudo isso para acontecer uma coisa dessas e acabar com o momento e a entrega da Live.

É sério, desanimador.

E é esse o problema. Foi muito trabalho para que uma coisa assim, pequena, acabasse com meu sonho de fazer uma baita apresentação e vender o nosso curso (que, modéstia à parte novamente, é MUITO bom e entrega MUITO mais que muito cursinho fajuto de influenciar por aí), e o que mais importa pra mim, que é colocar mais viajantes em uma mesma comunidade para se ajudar e se motivar.

Mas, como disse a Na, tudo que estava ao meu alcance eu fiz, e fiz bem feito, dei o meu melhor. E a partir daqui, eu posso escolher como seguir - vou me deixar abater e me entregar pra esse desânimo, ou vou seguir produzindo e acreditando no que ensino e falo nas redes sociais?

Quando tudo parece dar errado, minha primeira reação foi sempre achar culpados ou me culpar e me abater.

Mas aos 36 anos, acredito que preciso mudar de perspectiva e de atitude, fazendo algo diferente. Continuar agindo da mesma forma e esperar resultados diferentes é loucura. É preciso mudar.

E isso é difícil pra caramba! Você tentar mudar de perspectiva encarar a coisa toda como um percalço, e seguir em frente com a cabeça erguida. É mais fácil falar, mas fazer isso é muito difícil.

Mas, como acabei de falar na Live, assim como tudo na vida, ter algo bom (no caso, era aprender a encontrar passagens baratas) exige esforço, por mais que a gente queira retorno fácil e imediato.

E por isso, pra eu alcançar o que eu quero, que é criar uma comunidade de viajantes com o Sem Escalas, eu devo continuar me esforçando, ajustando a rota e corrigindo erros, e isso não vai ser fácil.

Ter algum retorno bom, ver seu trabalho recompensado, exige esforço; isso é uma verdade, e isso não vai mudar, mesmo quando tudo parece dar errado. É preciso continuar.

E é o que estou tentando fazer aqui... continuar.

E se você chegou até aqui, desculpe pelo texto de hoje; ele acabou sendo um desabafo, mas não deixou de cumprir seu objetivo (para meu desafio autoimposto de escrita diária) nem de servir à um propósito maior, que a escrita é (ao menos pra mim): uma forma de terapia.


Texto: Vinícius Marchetti

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