Bar da Dona Onça e o Drink mais suave de São Paulo
Blog | 2 | 2 | 26/08/2021
Esse é um relato do tipo de coisa que a gente nem costuma contar para as pessoas, mas resolvi escrever porque foi tão engraçado, que até o garçom do lugar ficou na mesa rindo com a gente!
Mas, estou me adiantando… vamos do começo!
Passamos alguns dos últimos dias hospedados no centro de São Paulo, num apartamento no último andar do edifício Copan.
Ali é um lugar bastante cobiçado e que atrai muito do movimento na região, pois existem bares, baladas e restaurantes excelentes, muitos deles famosos, e uma boa estrutura (apesar de causar certo receio em muita gente).
Um desses lugares famosos é o Bar da Dona Onça (Instagram: @bardadonaonca), tocado pela chef Janaína Rueda e que fica no térreo do Copan. Para nós que estávamos hospedados ali, era a oportunidade perfeita de conhecer o bar em um dia com pouco movimento - no final de semana o lugar estava lotado, sem chance de visitarmos.
Fizemos a reserva para o fim do dia da segunda-feira, apenas para garantir uma mesa. Nem foi necessário, já que o bar estava super tranquilo, com poucos clientes.
Para começar, quisemos experimentar alguns drinks da casa (afinal, cerveja eu posso tomar em qualquer lugar) e escolhemos o Lage Sour, feito com cachaça, angostura, melado de Cana, limão Tahiti e espuma de clara de ovo, e o Tom Collins, feito com gin, tônica, xarope de açúcar e limão siciliano.
Os drinks chegaram - o da Nathara, Lage Sour, num copo baixo e largo, parecido com os copos em que servem whisky, e o de gin em uma taça muito bonita, mais larga na parte de cima, como aquelas de champagne (ou, para ficar mais chique ainda, servido em uma taça coupette).
Experimentamos os drinks; o da Nathara era meio esverdeado a bem ácido, e o drink de gin era claro, transparente e com bastante gelo. No meu primeiro gole, achei tudo muito suave.
– Hum, bem suave, viu? - falei para a Na.
Muito. Até demais.
Estranho.
Gin é uma bebida amarga, e por ter limão siciliano, estava esperando pelo menos aquele toque cítrico na bebida. Mas não, não senti nada! Passei a taça para a Nathara e pedi para ela experimentar.
Ela provou e disse o mesmo… suave demais. Provei mais uma vez e, nada. Comecei a me preocupar.
Primeiro, porque os preços do bar, que não é um boteco simples, mas que serve coquetéis e pratos requintados, tem preços um pouco salgados. Segundo, se eu estava tomando algo com gin e não estava sentindo nada, logo, eu devia estar me tornando um alcoólatra! Talvez um bebedor que nem sentisse mais o gosto, sem perceber os efeitos do álcool!
Cara, era insano demais!
Resolvi tomar um baita gole de uma vez, pois com certeza eu sentiria o teor alcoólico do gin na garganta. Mas continuei na mesma!
– Nathara, toma de novo e me diz se isso aqui é mesmo um drink!
Ela pegou a taça, tomou e ficou sem graça, porque não estava sentindo nenhum sabor. Olhávamos para o garçom, abaixávamos a cabeça, sem graça, com receio de comentar algo e parecermos idiotas, afinal, quem somos nós para não apreciarmos um coquetel do Bar da Dona Onça?
Nós dois estávamos divididos entre reclamar com o bar para ao menos confirmar se aquilo era uma bebida de fato, e sermos feitos de idiotas, tomando algo que não era um drink (e ainda pagando por isso).
Ficamos mais alguns minutos rindo, bebericando o drink, rindo mais uma vez, mas a dúvida ali, pairando sobre nós…
Mas eu estava muito encabulado. O drink era caro, gente, não dava para negar. Já estava quase chamando o garçom quando ele me olhou e veio até a mesa - Marcelo, se bem me lembro do seu nome.
Ele veio até nós e perguntou se estava tudo bem, ao que eu comecei a tentar explicar:
– Então, provei o drink e, não sei, me parece muito suave, bem fraco… não sei, é o drink de gin, mesmo? Parece tão fraco que…
– A real é que parece água! - foi o que a Nathara falou, já me cortando e quase rindo!
A cara do Marcelo foi cômica! Ele claramente queria rir, mas deu uma segurada e disse que iria verificar… pegou minha taça e saiu.
Eu fiquei observando tudo e, quando ele chegou na entrada do bar, uma atendente veio até ele e entregou um copo alto e estreito, com algum coquetel, provavelmente para ele levar até a mesa do cliente. Trocaram algumas palavras e ele veio rindo até a nossa mesa.
– É, eu estranhei quando peguei aquela taça, pois achei que haviam mudado a maneira de servir o drink, mas estava errado! Seu gin está aqui!
– E o que estava na taça? Água com gelo, mesmo?
– Exato! Era água gelada!
Os três caíram na gargalhada! Não dava para não rir, afinal, a confusão dele foi engraçada, e a Nathara e eu quase estávamos tomando água gelada numa taça chique a preço de ouro!
Chega a ser ridículo que, por um instante, nós hesitamos em chamá-lo para perguntar se a bebida estava correta! Como assim, não estava percebendo que era água? Ou era água, ou aquele era o drink mais suave de São Paulo (e quem sabe, do mundo!)
Até questionei minha saúde, achando que estava me tornando insensível aos efeitos do álcool!
No final, o drink era uma delícia, bem servido e com certeza oferecia certo teor alcoólico! Foi uma ótima escolha!
E, mesmo não sendo água gelada, dá pra dizer que minha escolha foi muito suave e uma ótima pedida! E nosso obrigado ao Marcelo, que nos atendeu super bem e ainda riu com a gente da situação!
O Bar da Dona Onça fica no Edifício Copan, na Av. Ipiranga, 200 – CJ 27 e 29. O ambiente é mesmo bem gostoso e o bar fica a algumas quadras do metrô República.
Veja mais no site deles (clique aqui).
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Comentários
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Jaqueline
Kkkkkkkkkkkk muito bom
Pelo Mundo a Dois
E você viu que, por vergonha, a gente quase deixa passar uma dessa!
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