Roma é um museu a céu aberto.
A impressão que se tem é que toda rua tem alguma espécie de ruína, uma construção antiga, um ponto turístico da época dos gladiadores ou onde algum artista de renome um dia viveu.
A cidade respira história e exala resiliência - afinal, sobreviveu à guerras, invasões, líderes, déspotas e governos diversos, e isso tudo formou o que hoje vemos como uma das cidades mais icônicas da história.
O que mais me impressiona na cidade não são nem os lugares onde mais tem turistas (apesar de continuar achando o Coliseu uma imagem impressionante), mas o que aquele ambiente transmite e, claro, a comida do lugar!
Primeiro porque, andar pelas pequenas ruas e vielas de Roma, onde os prédios se aproximam e o chão ainda é de pedra (ou uma espécie de paralelepípedo), isso tudo me remete à filmes e artigos de revistas, que embora recentes, ao mesmo tempo me fazem pensar em como tudo aquilo é antigo, de dezenas ou centenas de anos atrás, e ainda está tudo ali, para vermos e sentirmos.
Segundo porque a comida é de matar! E no bom sentido, claro, já que é difícil se imaginar na Itália e em Roma sem se deixar entregar às tentações das massas, gelato, spritzes variados e à comida simples, que une massa, molho (muito molho) de tomate, queijo e manjericão.
Tem muito mais que isso? Claro. Mas ouso dizer que esse simples seria suficiente para marcar as nossas vidas!
Assim como outros lugares do mundo, pisar em Roma te leva à imaginar outros tempos da história da humanidade e, se você se permitir, te faz refletir um pouco em como a vida tem coisas boas, como o mundo é imenso e nós somos apenas uma minúscula parte dele e, mais importante que tudo (na minha humilde opinião, claro), te coloca na posição do que gosto de chamar de "observador tolerante"
Esse observador é a pessoa que vê tudo e entende que suas opiniões e convicções não passam disso: "suas opiniões”. O mundo é muito maior e mais complexo e esse observador sabe que cabe a nós abrirmos nossas mentes e corações para enxergar e entender isso.
É o caminho da tolerância e empatia. E como isso demanda saber observar e compreender, daí o tal “observador tolerante”.
É o faminto viajante (no sentido cultural e gastronômico), aquele que vê, ouve, sente e compreende que se não fossem as pessoas e as diferenças, nada disso seria tão incrível.
A gente não teria tanta comida, tantos cheiros, tantos lugares e experiências diferentes para viver e explorar se não fosse essa diversidade, e só o observador tolerante é capaz de ver e viver isso de forma plena.
Quando for à Roma, ou melhor, sempre que viajar, explore o que puder, prove o que puder e observe atentamente… Pode ser que você aprenda algo que pode mudar a sua vida, mesmo que seja enquanto come sua pasta carbonara em frente ao ponto turístico mais famoso.
Comentários
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Jaqueline
❤
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