Costa Rica: O que fazer em um roteiro de 10 dias
Viagem | 3 | 2 | 31/01/2020
*** Pura Vida!!! ***
Nós no Rio Celeste | Foto: Pelo Mundo a Dois
E aí, gente!!! Nosso primeiro post aqui vai ser sobre um lugar que nos encantou e surpreendeu muito este ano: a Costa Rica!
Se você alguma vez teve curiosidade sobre este lugar, se já ouviu falar de alguém que foi pra lá ou mesmo se nunca ouviu falar ou nem mesmo parou alguma vez pra saber mais sobre a Costa Rica, nós vamos contar pra você como foi nossa viagem e esperamos que isso desperte o mesmo desejo que despertou em nós quando lemos sobre este país incrível!
Bora com a gente!?!
O que tem de bom na Costa Rica?
Esta é uma saudação costa-riquenha que mais se aproxima de conseguir expressar o que tem de bom lá! Pura Vida pode ser usada simplesmente como um ‘bom dia’, ou mesmo como uma expressão de satisfação com a vida e com a felicidade!
Quando começamos a ler sobre a Costa Rica, era tanta coisa que nos impressionava que, tudo que conseguíamos pensar era: “Meu Deus, PRECISAMOS conhecer este lugar!”.
E acontece que nós não nos decepcionamos!!! A Costa Rica lembra nosso Brasil de várias maneiras: a comida é uma delícia, clima gostoso e cultura rica e com muita música! O país tem o clima tropical e, em geral, faz bastante calor e suas chances de pegar chuva não são pequenas.Mas na época da baixa temporada (maio a outubro/novembro, basicamente), é quase impossível não pegar um pouco de chuva. Aliás, mesmo na época tida como seca costuma chover com certa frequência.
Lá a natureza é muito rica e a impressão é que tem uma festa de cores por todos os lados! E, pensando em uma das coisas que mais nos fez querer conhecer o país foi a diversidade de paisagens e passeios que existem por lá!
Para citar o que há de mais conhecido e o que nos conquistou, temos o Vulcão Poás (próximo à capital San Jose e que possui um lago em sua cratera) e o Arenal(em La Fortuna), ambos ativos e de fácil acesso. O fato de ser banhada pelos oceanos Atlântico e Pacífico e as costas estarem separadas por mais ou menos 3,5 horas de carro, torna possível você ver o nascer do sol em uma costa e o pôr do sol em outra, no mesmo dia! Bacana, né?
Monteverde, Tortuguero (na costa do Atlântico), Tamarindo (suas praias, na costa do Pacífico, talvez sejam um dos points mais famosos do país) e Turrialba (onde tem mais um vulcão ativo!) são outros lugares famosos. Também tem Uvita e Puntarenas, além dos vários parques nacionais (como o famoso Manuel Antonio) com rios, praias e trilhas pra apreciar a natureza (e, quem sabe, trombar com um bicho-preguiça!?!), rios na cor azul turquesa, cachoeiras espalhadas pelo país, piscinas de águas termais… é muita coisa! AH, não podemos esquecer das pessoas!!!
Os costa-riquenhos são pessoas do bem, educados, atenciosos, super animados e adoram puxar um papo! Podemos dizer que com certeza foi algo que também nos cativou no país!
Algo recorrente quando lemos a respeito do país é que, mesmo tendo uma costa “caribenha”, a Costa Rica não possui toda aquele mar com festival de verdes e azuis do Caribe, tão comum de vermos quando se trata de Cancún, Punta Cana, Cuba e por aí vai. Lá tem muita praia linda, mas o forte lá não são as praias e sim o conjunto de belezas naturais e exóticas deste país.
Em resumo, paisagens de tirar o fôlego e a incrível mistura de vários elementos (vulcão, praias, florestas e rios de cores surreais) foi o que nos convenceu de que a Costa Rica seria uma viagem fenomenal! E a receptividade de seu povo foi “apenas” mais um presente neste viagem linda que fizemos!
Centro de La Fortuna, com o Vulcão Arenal ao fundo | Foto: Pelo Mundo a Dois
O que fizemos na Costa Rica
Como tínhamos apenas 9 dias na Costa Rica e algumas coisas nós gostaríamos MUITO de fazer, decidimos por tentar ver um pouco de cada uma das coisas impressionantes que o país tem – vulcões, praia, florestas, águas de cores turquesa, suas piscinas de águas termais e suas cidades pequenas e convidativas.
Assim, resolvemos não ficarmos em San Jose e optamos por visitar apenas um vulcão, uma cidade de praia onde pudéssemos ver o agito do país, um lugar mais próximo à natureza e conhecer alguns locais nestes trajetos, como spas de águas termais e parques nacionais, com belas paisagens e nos permitindo ver um pouco da fauna e flora do país, tão rica e bela!
Roteiro – o que fizemos por lá
1. O vulcão escolhido foi o Arenal, que é na cidade de La Fortuna: foi ótimo, pois a cidade é bem legalzinha, aconchegante e agitada ao mesmo tempo, e fica a apenas alguns minutos de carro do parque onde está o vulcão.
Ela é praticamente parada obrigatória para os turistas, pois além de abrigar um dos parques nacionais mais famosos do país, onde fica o Arenal, possui muitos spas de águas termais em sua região, passeios para ver bichos-preguiça e pássaros, trilhas variadas e onde fica um famoso parque com pontes suspensas sobre a copa das árvores;
2. O Rio Celeste, no Parque Nacional do Vulcão Tenório, que pode ser visitado vindo num bate e volta de La Fortuna, ou pode ser visitado vindo da cidade de Bijagua, que fica um pouco mais próxima (que foi onde nos hospedamos após a visita ao Rio Celeste). O que fizemos foi: passamos pelo parque ainda pela manhã, a caminho de Bijagua, e fizemos a trilha até a cachoeira do parque, o Rio Celeste (onde se forma algo como uma lagoa) e os teñideros, que é o nome onde há a junção das águas de dois afluentes que, com a combinação química, torna as águas naquele tom de azul celestial, e de lá fomos para Bijagua, onde passaríamos a noite;
Tour na fazenda de cacau, em Bijagua | Foto: Pelo Mundo a Dois
3. Bijagua foi a cidade base (apenas por uma noite) que usamos para visitar o Rio Celeste e vale a pena ser mencionada não pela cidade em si (que é muito pequena e não é nada como La Fortuna), mas pela estadia lá, que acabou sendo uma experiência totalmente nova: ficamos em uma fazenda de cacau e que, dentre outras coisas, nos proporcionou uma estadia agradável, com a melhor comida (sim, a MELHOR!!!!) que provamos na Costa Rica, além dos milkshakes preparados com chocolate da própria fazenda, um tour do cacau pela fazenda (muito mais legal do que parece, acreditem!) e até um “oi” i à um bicho-preguiça (um dos três que vivem na fazenda);
4. Nossa escolha relax / ostentação da viagem foi em Uvita, numa região de praia muito linda e que foi até mesmo indicada por alguns costa-riquenhos como um destino que deveríamos conhecer. E, pra isso, nada melhor do que um hotel que parece um sonho, com pouquíssimos hóspedes, em quartos como bangalôs todos de vidro em meio a mata praticamente intocada, quase no topo de uma montanha! Sem falar na piscina que possibilita a vista para o mar! Sem palavras!
Nós no hotel Oxygen Jungles Villas, em Uvita | Foto: Pelo Mundo a Dois
5. Após Uvita, optamos por um dos points favoritos dos gringos no país: Tamarindo!
Além de ser a nossa parada em uma praia (em Uvita, nosso foco era mais conhecer a região e aproveitar o hotel em si), era uma região conhecida como uma das cidades mais ‘badaladas’ da Costa Rica, que permite a visita a outras praias próximas muito mais lindas e vazias que a própria praia da cidade. Além dos restaurantes, bares e agito por lá, ainda pode-se aproveitar pra tomar uma cerveja regional vendo o pôr do sol na praia. E que por do sol!!! Um dos mais bonitos que vimos, é um espetáculo famoso e que atrai muitos turistas! Imperdível!
Dali, pegamos a estrada para San Jose para voltarmos pra casa.
1. La Fortuna
Uma cidade pequena e que fica a umas duas horas de San Jose (na província de Alajuela), La Fortuna costuma ser a base pra quem visita o Vulcão Arenal e faz parte de um cartão postal famoso do país. É só procurar na internet pra encontrar centenas de fotos da igrejinha na praça central da cidade, com o Arenal ao fundo! Batido? Sim, mas não é menos incrível por isso!!!
Aliás, ficar na cidade e ter a vista do vulcão todos os dias é algo inexplicável, ainda mais por ser um vulcão ativo e que teve sua última erupção em 2010!!!
A cidade em si é cheia de bares, restaurantes, mercados e lojinhas, com ruas movimentadas (em boa parte, pelos americanos, franceses e alemães, que andam aos montes por lá) e conta várias opções de passeios nos entornos, como trilhas, visitas a parques, cavalgadas e spas de águas termais. Na própria cidade é fácil encontrar as agências de turismo vendendo passeios de todos os tipos!
Ficamos no Hotel Tangara Arenal por três noites, um hotel mais rústico e que tinha um café da manhã delicioso e que, apesar de não ser mais ali na muvuca do centro, ficava a uns 3 minutos de carro da cidade. Usamos a cidade como base para alguns passeios.
Nossa boa experiência com os costa-riquenhos começou aqui, já que fomos atendidos muito bem todos os dias, mesmo quando ‘importunávamos’ o gerente do local, pedindo para que ele nos deixasse guardar as cervejas que comprávamos nos mercados da cidade na geladeira da recepção, já que não havia frigobar no nosso quarto. A Shirley e o Heriberto, os responsáveis pelo hotel enquanto estávamos lá, são pessoas sensacionais e muito atenciosos! O tipo de coisa que faz você querer voltar ao lugar e indicar para as pessoas!
Vale a pena mencionar que, apesar de não ser luxuoso e ter várias opções até melhores (e mais caras) na cidade, inclusive mais próximas do centro, os funcionários do hotel foram demais conosco! Tudo estava muito limpo e organizado, a comida estava ótima e por isso, recomendamos!
Mas e aí, o que vale a pena mencionar sobre a região?
Parque Nacional do Vulcão Arenal
O parque abre as 08:00 e fica a uns 20 minutos de carro da cidade. Pagamos US$ 15 por pessoa para entrar. Ali você pode fazer a trilha que passa pela mata até onde é possível enxergar o Arenal mais de pertinho, porém, nem tão pertinho como muitos gostariam. Por se tratar de um vulcão ativo, há um limite para a trilha, onde é possível fazer fotos e ver as formações vulcânicas do solo da última erupção.
A trilha em si não exige muito, pois boa parte dela é plana e não tem muitos trechos de terra (ou barro, caso chova). Em certa parte, começa uma subida, mas não é necessário experiência em trilhas pra poder fazer todo o caminho (tinha muito turista bem mais velho, grupos de senhoras japonesas e famílias fazendo a trilha). Mas a recomendação é: leve um calçado apropriado, se não quiser detonar seu tênis bom!
O caminho levou em torno de 2 a 3 horas e você tem a opção de subir a trilha por um caminho e voltar por outro, que é mais longo, mas tem umas coisas legais para se ver floresta, como algumas árvores gigantes (havia um guia com um grupo, que apresentou a árvore como a “árvore da vida”, igual à do filme Avatar) e alguns animais que vivem por lá. Bem legal!
Nós dois na Árvore da Vida, no Parque do Vulcão Tenório | Foto: Pelo Mundo a Dois
Hot Springs – Águas Termais
Na região de La Fortuna existem vários destes spas, seguindo pela estrada logo na saída da cidade. Existem alguns que são apenas spas, mas alguns são hotéis ou resorts que possuem os spas dentro de suas instalações. Você pode optar por se conhecer um destes, mesmo que não esteja hospedado lá!
Quando pesquisamos, vimos algumas opções e dois deles nos chamaram mais a atenção: Tabacón Thermal Resort & Spa e Eco Termales Fortuna. No entanto, ao chegarmos lá, vimos que existem muitas outras opções, caso essas não sejam do interesse.
Tabacón Thermal Resort & Spa
Como o próprio nome entrega, o Tabacón é um hotel, além do spa de águas termais. É muito lindo, possui toda uma infraestrutura e tem muitas quedas d’água, o que o faz ser ótimo para fotos!
Ele é uma boa pedida para quem quer um ótimo hotel em La Fortuna e quer curtir as águas termais. Para quem é hóspede, o acesso é incluso.
Já, para quem quer apenas passar o dia nas águas quentinhas (como foi o nosso caso), você pode optar por um day pass, que te dá o direito de passar o dia nas instalações do hotel, curtindo as várias quedas d’água do local. Existem algumas opções para o day pass, que de forma resumida são:
· Entrar pela manhã e fica até o meio da tarde;
· Entrar no meio da tarde e fica até a noite ou;
· Ficar o dia todo.
Essas opções incluem refeição (almoço, pra quem entra pela manhã e jantar, para quem entra a tarde e as duas, caso você fique o dia todo), lockerspara você guardar suas coisas e o vestiário (que é muito bom).
Os valores variam de acordo com o tempo de estadia e quantidade de refeições inclusas. As bebidas por lá são a parte, mas os valores praticados são muito próximos dos da cidade. Os valores mais em conta são US$ 70 por pessoa (para quem entrar as 10 da manhã e sair as 14h, com direito ao almoço), podendo chegar até US$ 160 por pessoa (você pode checar mais aqui).
O Tabacón tem valores mais altos e pode encher bastante pois, além de ser uma das mais famosas hot springs, não tem limite de quantidade de pessoas para visitar o lugar. Isso ficou comprovado quando chegamos lá: carros se amontoavam na frente do hotel, e havia muita, mas MUITA gente, o que nos fez ter certeza que tínhamos acertado na nossa escolha pela EcoTermales.
Mas não dá pra deixar de mencionar que realmente, o local é lindo demais! Se tivéssemos tempo, iríamos dar um pulo lá pra fazer umas fotos!
Uma das piscinas do Eco Termales, em La Fortuna | Foto: Pelo Mundo a Dois
EcoTermales Fortuna
Essa foi nossa escolha por três principais motivos: era tudo lindo nas fotos, assim como o Tabacón, estava mais em conta e não costuma encher, devido à quantidade de pessoas limitadas para visitas. Isso acabou sendo ótimo porque aproveitamos muito o lugar, estava muito tranquilo e conseguimos fazer muitas fotos enquanto tomávamos drinks. E após vermos a quantidade de pessoas entrando no Tabacón, ficamos satisfeitos com nossa escolha!! (você pode checar o site deles aqui).
Os pacotes do EcoTermales são praticamente os mesmos que o do Tabacón, contam com refeições inclusas (que vai variar de acordo com o pacote escolhido), vestiários e lockers pra uso durante a estadia e, ao contrário do Tabacón, possui mais piscinas e menos quedas d’água. Ideal pra ficar relaxando!
Nós optamos pelo pacote de meio dia, entrando pela manhã e saindo no meio da tarde (das 10:00 as 16:00) e com direito ao almoço, que saiu por US$ 62 por pessoa.
Mistico Hanging Bridges Park
Não lembro onde vimos pela primeira vez esse lugar, mas lembro de pensarmos como seria incrível uma visão dessas ao passar por pontes acima das copas das árvores! E sim, foi incrível!
Todas as fotos que encontramos nos deixaram com vontade de passar por lá e o parque não decepcionou: lindo, limpo, tudo muito preservado e com várias pontes suspensas espalhadas pela área, possibilitando até a vista do Arenal de uma delas!
A Na estava com um pouco de receio pois elas balançam bastante e o piso delas é como uma grade (aparentemente, bem forte) e por isso mesmo dava pra ver através dela, o que passa uma sensação mista de medo e assombro!
Gostamos bastante! É um passeio tranquilo de se fazer, pois fica a apenas alguns minutos da cidade, a caminhada é leve, mesmo com algumas subidinhas, e você acaba vendo cachoeiras, rios, animais e aquela floresta tropical que é tão a cara da Costa Rica.
Ponte suspensa no Mistico Park, em La Fortuna | Foto: Pelo Mundo a Dois
A entrada no parque custou US$ 52 para nós dois e achamos um preço mais do que justo pelo passeio. A entrada no parque costuma ter horário marcado, então, é uma boa reservar antecipadamente (você pode checar o site aqui).
Lá você pode optar por passeios guiados, fazer birdwatching (pra quem gosta de admirar pássaros), passeios noturnos, cavalgadas.. tem de tudo!
Optamos por um tour simples, sem guia, apenas pra aproveitarmos a vista e irmos no nosso tempo.
Sloth Tour – Bicho Preguiça: Algo bem comum na Costa Rica são os passeios e caminhadas para avistar bichos preguiça, e na região de La Fortuna não poderia ser diferente. Apesar de haver este tipo de passeio em mais de um local, como em alguns parques nacionais ou em santuários para recuperação de animais feridos, lembramos de ter visto em volta da cidade alguns avisos de passeios deste tipo.
Café e Chocolate Tour: Pra quem gosta e se interessar, existem locais com passeios por fazendas de cacau e café que são bem interessantes, e não apenas na região de La Fortuna. Como a Costa Rica é conhecida por ter cafés e chocolates ótimos, talvez seja uma boa!
2. Rio Celeste e o Parque Nacional Vulcão Tenório: depois de La Fortuna
Uma das paisagens mais marcantes da viagem toda foi, com certeza, a trilha do Rio Celeste. Poder ver um rio daquela cor, com toda aquela paisagem em volta, e ainda terminar a trilha com uma cachoeira foi algo indescritível!
Rio Celeste e Parque Nacional Vulcão Tenório | Foto: Pelo Mundo a Dois
O Rio Celeste está dentro do Parque Nacional Vulcão Tenório, na região mais ao norte do país, na província de Alajuela, e nem é preciso dizer o porquê ele leva este nome – é só olhar a cor dessas águas pra sacar!
Passamos por lá no caminho até a cidade Bijagua de Upala (próximo tópico do post), pois como já havíamos passado alguns dias em La Fortuna e Bijagua era uma parada no nosso roteiro desde o início (faríamos La Fortuna – Bijagua – Tamarindo – Uvita, mas por uma questão de economia nas estadias, acabamos indo para Uvita antes, o que nos custou algumas horinhas a mais na estrada, mas daqui a pouco voltamos a este ponto), optamos por conhecer o parque quando saíssemos de La Fortuna.
Ponto importante: de La Fortuna até o parque não é muito tempo de estrada (1h – 1:30h) e, de Bijagua até o parque é até mais perto. Dá pra fazer o trajeto saindo de ambas as cidades, então, fica a seu critério! =)
O rio possui essa cor devido à uma reação química entre o enxofre (da atividade vulcânica da região) e outros elementos (lemos menções de carbonato de cálcio, alumínio e até mesmo silicone!) provenientes da junção de dois rios que passam por ali. O parque guarda o vulcão de mesmo nome, que atualmente está ativo.Você pode ir até o parque por conta própria se estiver dirigindo, como fizemos. Pode procurar empresas que fazem o tour, te buscando e levando de volta (às vezes até com refeições inclusas no pacote) ou, em último caso, ir de taxi.
No parque é possível fazer alguns tipos de trilhas e passeios, sozinho ou em trilhas guiadas, até a base do vulcão ou apenas passando por alguns pontos mais conhecidos. Esses passeios podem ser adquiridos na entrada do parque ou nas cidades onde você estiver hospedado (em La Fortuna, por exemplo, havia várias agências no centrinho que tinham passeios de todo tipo pela região).
Nós fizemos as trilhas mais comuns para os visitantes do parque. Dá pra fazer tudo sozinho, já que é tudo muito bem sinalizado, os caminhos estão sempre bem movimentados e as trilhas não são tão longas (a do Rio Celeste deu em torno de 6-7km, ida e volta). Em umas 4h, 4:30h você consegue fazer a trilha numa boa, ver os pontos mais legais e aproveitar bem a paisagem em cada parada. Mas programe-se: o parque fica aberto das 08h as 16h. Só se prepara pra pegar bastante subida!
Mas isso não é algo com que se preocupar, acredite! Quando você se depara com vários turistas muito mais velhos e em grupo fazendo a mesma trilha, você fica mais tranquilo e já sabe que não é algo que vai te desgastar a ponto de desanimar! =) Dá pra encara numa boa! E, mesmo com esse monte de subida, a vista é demais e a sensação ao chegar lá é algo que nem sei descrever!
A escadaria que leva até a cachoeira do Rio Celeste | Foto: Pelo Mundo a Dois
3. Bijagua de Upala
Passamos por esta cidade após sairmos de La Fortuna – nosso itinerário foi: saímos bem cedinho do hotel, pegamos estrada até o Parque Nacional Vulcão Tenório para ver o Rio Celeste, fizemos a trilha até os pontos mais comuns do parque e pegamos a estrada novamente até a cidade (ou vilarejo) de Bijagua.
Nossa estadia era em um hotel/pousada que ficava a alguns km do centrinho da cidade: Finca Amistad Cacao Lodge. O lugar era uma fazenda de cacau e beeeem mais simples do que os hotéis e pousadas que costumamos ficar, mas confessamos que foi uma experiência muito boa!
Tudo era muito simples, mas muito bem cuidado. Quando chegamos lá, fomos recebidos com um leite gelado batido com chocolate que eles próprios fazem na fazenda, e as pessoas eram muito simpáticas!
Além da experiência diferente da estadia em uma fazenda de cacau na Costa Rica, a comida era ótima (a melhor que provamos lá, lembra?!?) e valeu muito a experiência! Pra quem não se importa com uma estadia mais simples, vale a pena!
De quebra, no dia que fizemos o tour do cacau lá na própria fazenda pudemos avistar um dos três bichos preguiça que viviam lá!
A Na segurando um cacau, no tour pela Finca Amistad em Bijagua | Foto: Pelo Mundo a Dois
4. Uvita e o Parque Nacional Marino Ballena
Fomos para Uvita após nossa estadia em Bijagua, em uma viagem que levou umas 4-5 horas. Como falamos antes, ir de Bijagua para Uvita, que fica mais ao sul do país, para depois retornar à Tamarindo (ao norte), nos custou algumas horinhas a mais de estrada – as estradas são bem sinalizadas e cuidadas, tranquilo para dirigir, mas na maior parte do trajeto, elas são de faixa simples: fica difícil ultrapassar e, quando aparece um ônibus ou caminhão, pode levar um tempo até conseguir uma brechinha pra ultrapassa-los e sair de trás deles.
Em Uvita fica o hotel Oxygen Jungle Villas, onde nos hospedamos por 2 noites e, dá pra dizer que foi algo fenomenal! O hotel é um espetáculo: fica quase no topo de uma montanha, de frente para a praia de Uvita, com uma piscina de borda infinita que tem uma vista impressionante para o mar! Parece até mentira! Os quartos são como cubos de vidro, com bastante verde em volta, o que dá aquela impressão de você estar hospedado na mata fechada!
Foi a nossa “ostentação” na viagem, já que é uma estadia bem cara perto do que costumamos pegar. Mas valeu cada centavo investido! Nesses 2 dias ficamos aproveitando o hotel, a piscina e os vários drinks e cervejas disponíveis!
Ah, como o hotel fica em um trecho de conservação ambiental, eles quase não retiraram vegetação para a construção e dentro do próprio hotel tem uma mini trilha pra se fazer e duas pequenas cachoeiras!
A região tem várias opções de hotéis, pousadas e hostels. Vimos vários deles próximos de onde ficamos e por toda a região no entorno do parque Marino Ballena. Este parque é onde fica Punta Uvita, uma praia famosa por ter um formato da cauda de baleia na maré baixa: a Cola de la Ballena. Queríamos conhecer esse trecho da praia e a melhor entrada do parque é pela Playa Uvita.
Praia imensa, praticamente deserta (como a maioria das praias da Costa Rica), de areia mais escura e água quentinha! Vale a pena ir para conhecer, tirar umas fotos e, se tiver tempo, aproveitar o por do sol! A entrada custou mais ou menos US$ 6/pessoa.
Cola de la Ballena – na Playa Uvita – Parque Marino Ballena | Foto: imgur.com
5. Tamarindo e a região de praias mais badaladas
Tamarindo é uma das cidades mais famosas da Costa Rica. É bem agitada e realmente lotada de gringos, bem diferente de outros lugares em que estivemos por lá.
Mas se isso te faz pensar que as praias da região são cheias de muvuca e bagunça, pensa de novo: as praias de Tamarindo são super tranquilas, assim como todas as praias que conhecemos no país! A faixa de areia é bem extensa e larga, com muito espaço… às vezes parece praia deserta!
A cidade lembra muito as do litoral de São Paulo: tem o pequeno comércio local, muito turista pra lá e pra cá e um jeitão de cidade pequena. É bem gostosa e você consegue fazer de tudo lá.
Tem bares e pubs que vendem muita cerveja local e artesanal, muitos restaurantes gostosos e pra todos os gostos e para todos os bolsos (tem lugar mais simples e restaurantes mais sofisticados), tem um centrinho com várias lojinhas locais e por aí vai! É uma cidade bem gostosa pra se passar o fim do dia e curtir a noite!
E, pra quem gosta de ver o pôr do sol, Tamarindo é conhecida por ter uma vista sensacional para este espetáculo! Muita gente fica na praia da cidade no final do dia justamente pra aproveitar a vista na praia! Realmente, vale a experiência! É um dos mais bonitos que já vimos!
A praia da cidade, em si, não é nada de excepcional e, aqui no Brasil, tem muita praia mais bonita. Talvez o legal de Tamarindo seja que a praia é de água super calma e quentinha, quase uma piscina! A areia não é tão clarinha, mas passamos um dia lá e curtimos bastante! Super tranquilo! E um caloooooor!!!!
Nós ficamos hospedado no hotel Best Western Tamarindo Vista Villas – ao contrário do que o nome sugere, o hotel era simples – era bom, mas nada de mais. A região dele era boa, pois estávamos praticamente no meio do trecho movimentado da cidade, facilitando bastante nossa locomoção por lá. Dava pra fazer praticamente tudo por ali andando!
Mas o melhor de ficar em Tamarindo é que a cidade serve bem como base para explorar a região. Tem várias praias em torno da cidade, mas as que conhecemos e gostamos foram: Playa Avellanas, Playa Flamingo e Playa Conchal! Tem muito mais praia por ali e você pode explorar as que mais te interessa, de acordo com suas preferências: se você prefere lugar com agito, se prefere praia pra surfar… estas foram as que mais gostamos porque eram praias lindas, praticamente desertas e, ainda assim, encontrávamos opções de bares próximos pra tomarmos algo durante o dia!
Playa Avellanas
Esta praia fica a uns 30 minutos da cidade e é bem mais bonita que a praia de Tamarindo. É super fácil de dirigir até lá, só a estradinha de terra que leva até ela, após o trecho asfaltado, que é bem ruim. Ela também é bem vazia e tranquila, e as águas e a areia são mais claras. O legal desta praia é que também dá pra ver o pôr do sol de lá e tem um bar/restaurante ali: o Lola’s on the Bech!
Esse bar é pé na areia, bem grande e possui várias mesas e espreguiçadeiras pra você aproveitar o dia, bebendo e comendo. Ele costuma encher, então, se quiser pegar um lugar pra aproveitar o bar, chegue cedo. No nosso caso, chegamos mais pro fim da tarde, pra pegar o pôr do sol, e até que estava tranquilo. Esta foi uma das praias que mais gostamos ali na região!
Playa Flamingo
A Playa Flamingo tem uma distância parecida com a Avellanas de Tamarindo, mas vai em outro sentido (o mesmo sentido que a Playa Conchal) e tem águas mais claras e areia mais branca. Ela estava bem tranquila, pois tem uma boa extensão, dando novamente aquela impressão de praia deserta. Tem uma pequena cidade (ou uma vila) bem moderninha ali perto, e a estradinha que passa na frente da praia (Flamingo Beach Road) te leva até a entrada de um condomínio, mais no finzinho da praia. Bem ali tem o único restaurante/bar próximo da praia: Coco Loco! Comemos bem, tomamos cervejas e drinks, aproveitamos a praia na frente do bar… foi um dia ótimo num lugar bem bacana e com preços justíssimos!
Nathara na Playa Conchal | Foto: Pelo Mundo a Dois
Playa Conchal
Fomos de carro até a Playa Brasilito, que é do lado da Playa Conchal e tinha onde estacionarmos. Caminhamos pela areia mesmo até chegar na Playa Conchal – tem um trecho de árvores, numa faixa de areia bem estreita, que separa as duas praias. Brasilito tem comércio, movimento, a praia é imensa… mas é só ok. Não é muito bonita: de areia mais escura e batida, não tinha ninguém por lá, a não ser algumas pessoas caminhando.
A surpresa é quando você chega em Conchal: não dá pra não ficar pasmo com a diferença entre as duas praias, até mesmo porque elas estão coladinhas!!! Conchal tem águas azuis claras, lembrando as águas do Caribe, e areia branquinha e fofa! Na verdade não é bem areia, mas sim muitas e muitas conchinhas que parecem até trituradas! Muita sombra por ali, vendedores de petiscos e cerveja e muita gente relaxando na areia. Essa praia é realmente bela e bem diferente das praias costa-riquenhas! Não há como estranhar o fato de que as praias na Costa Rica não são de azul turquesa, ou daquela beleza que se espera de locais ali na América Central. A maioria não tem nada excepcional. Mas se for pra ficar ansioso em conhecer alguma praia, esta talvez seja a sua melhor opção!!! Nossa praia preferida nesta viagem!
Quanto gastamos na viagem?
· Parque Nacional Vulcão Arenal: US$ 15 por pessoa;
· Parque Nacional Vulcão Tenório: US$ 12 por pessoa;
· Parque Nacional Marino Ballena: US$ 6 por pessoa;
· Mistico Hanging Bridges Park: US$ 26 por pessoa;
· Eco Termales Spa: US$ 62 por pessoa;
· Estadia em La Fortuna: R$ 156 por pessoa (valor da diária);
· Estadia em Bijagua: R$ 190 por pessoa (valor da diária);
· Estadia em Uvita: R$ 495 por pessoa (valor da diária) – Ganhamos uma diária no Oxygen Jungle Villas com acúmulo de estadias pelo Hoteis.com (Hoteis.com Rewards);
· Estadia em Tamarindo: R$ 139 por pessoa (valor da diária);
· Vôos: R$ 1495 por pessoa (saindo de São Paulo);
· Aluguel do carro 4×4: R$ 1700 (com o seguro);
· Gasolina: R$ 380 reais
· Alimentação: US$ 13 por pessoa (em média), contando as cervejas =)
Nossa viagem saiu mais ou menos R$ 5.050 por pessoa, contando vôo, estadias e demais gastos. Levamos US$ 500 cada um e pagamos tudo com dinheiro, incluindo os passeios. Apenas o vôo, aluguel do carro e estadias estavam no cartão.
Considerando algumas extravagâncias nossas, não foi uma viagem super cara, como muitos imaginam!
Resumo do nosso Roteiro
Ficamos lá do dia 19 a 28/04/2019, pegando o finalzinho da alta temporada (época seca). Alugamos um carro pra facilitar nossa viagem pelo país. O que fizemos foi:
· São Paulo –> San Jose: de lá pegamos um carro e dirigimos para La Fortuna no mesmo dia;
· La Fortuna –> Bijagua (cidade próxima do Rio Celeste);
· Bijagua –> Uvita (mais ao sul do país, na região de Quepos);
· Uvita –> Tamarindo (uma das regiões de praia mais famosas do país);
· Tamarindo –> San Jose, onde devolvemos o carro e voltarmos para SP.
Se tiver alguma curiosidade, dúvida ou se quiser falar com a gente sobre algo que sentiu falta aqui, deixa um comentário ou, se preferir, pode entrar em contato via e-mail! =)
Comentários
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Rones
Muito Bom, Legal👏👏
Pelo Mundo a Dois
Que bom que você gostou, Rones! Esperamos que tenha ajudado!
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